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Alguém que anda SÓ

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Preconceito

Outro dia eu conversava com um “ex-amigo”, ele me contava que havia encontrado a mulher ideal, linda, boca perfeita, coxas firmes e roliças, seios que contrariavam a gravidade, um papo agradável, voz doce e todo eufórico ele dizia que essa “seria” para casar...Tudo de bom, se não fosse um pequeno detalhe, era Negra! E ele não podia casar com uma negra, afinal, ele tinha família, como explicar? Naquele momento virou Ex-amigo.Como é possível aceitar que ainda hoje haja tão discrepante preconceito? Ainda existe quem acredite em raça Ariana, perfeita e pura? – Uma amiga que mora no interior me pediu pra eu emprestar meu endereço para ela colocar em seu curriculum vitae, pois ela estava por conseguir um emprego na capital, e o endereço que ela havia conseguido para fornecer ao provável empregador era de um bairro com “má fama” e isso abalava o seu “background”. Caramba...Quem mora em bairro popular não tem direito de um emprego melhor? Nos implacáveis padrões de hoje, as pessoas que são dedicadas, são preteridas, e tudo isso a encargo do preconceito...São relegadas a um nível inferior na sociedade, como se fossem cidadãos de segunda classe.Já fui preterido ou porque era gordo, ou porque era pobre, ou porque não tinha formação superior, etc...É inacreditável como as pessoas deixam de ser felizes apenas porque entendem que devem explicações à uma sociedade que nada lhes dá e tudo lhes cobra.A linda garota Negra não serve para ser apresentada à família, minha amiga não merece um bom emprego porque mora em bairro pobre, e eu não mereço amar porque sou gordo, pobre e sem formação...hehehehe...Podridão geral!
Ricardo Blomberg

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