Raios de Luz

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Alguém que anda SÓ

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Filme "OLGA" Sentimento aflorados


Hoje, depois de tantos anos em minha vida, chorei...Nem compulsivo ou copioso foi este choro...Apenas lágrimas de lamento, tristeza profunda por um mundo que por certas vezes é por demais cruel. Profundo conflito de emoções e sentimentos, ainda mais, sendo este um momento de minha vida onde o que mais pulsa em mim é o Amor, que já nem me imaginava mais capaz de redescobrí-lo...Certas vivências nos trazem recordações que abalam nossa mais íntima estrutura...Hoje, e somente hoje, assisti ao filme “Olga” e sinto que há muito tempo não via nada tão lindo, puro, profundo e pleno...Fui arremetido a emoções que talvez nem lembrava que tinha dentro de mim ainda. Como é possível a nós, seres “humanos” termos atos e ímpetos tão cruéis, vis, desumanos e de profunda arrogância? Como pode o homem, levantar-se contra a própria vida que a ele não pertence? Como pode o homem imaginar-se com prerrogativas de juiz ante a razão das vontades coletivas e apaixonadas? O que pode justificar a brutalidade contra um irmão de sangue e aceitar o homem como impiedoso predador do homem?
É fato que se meu coração, hoje, não estivesse tomado de profundo sentimento de Amor talvez encarasse o bárbaro desfecho de Olga como apenas uma obra de ficção, pura e simples...Produto da genialidade de quem o escreveu, mas infelizmente tudo foi real e isso jamais poderá ser mudado, afinal, é o passado.
Só o presente pode construir e fortalecer nosso futuro, mas quem sabe, se o Homem entender que sendo seu próprio algoz não terá um presente e jamais um futuro e que só as amargas lembranças do passado alimentarão sua perene e vã existência, possa repensar seus passos e métodos, e quem sabe buscar trilhar uma nova jornada em direção a Luz da razão e da vida...Quem sabe se alimentarmos nosso espírito com a tolerância, o respeito ao indivíduo e a verdadeira crença no Amor possamos ter uma cura para nossa doença existencial?Quem sabe se nos dermos conta de que amar é tão mais satisfatório, mais pleno e perfeito do que alimentar a intransigência possamos ter realmente um final mais feliz? Penso que se limparmos nosso coração do que é injusto poderemos um dia viver e experimentar o que só o amor pode nos oferecer. Desejos truculentos não podem suplantar atos e gestos de carinho e afeto...É tão melhor amar do que transportar a raiva com os olhos...É tão mais sincero abraçar do que subjugar com atos de força...É tão mais preseiroso viver a vida do que apenas passar por ela sem nunca tê-la vivido plena e intensamente.
Ricardo Blomberg

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