Raios de Luz

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Alguém que anda SÓ

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Uma vez pensei, outra vez sonhei...Acordei, sofri...Chorei

Uma vez pensei ter encontrado o amor, imaginei cada passo e cada momento que iria acontecer, fiz planos, teci sonhos e veio o destino e me cobrou muito caro por meus devaneios lúdicos, afinal, quem disse que tenho direito a sonhos, ao amor?? A vida me disse não e eu deixei a vida de lado, apenas existi, somente mais um resistindo aos atropelos diários. Quando o destino se distraiu de mim, eu corri feito louco na busca daquele amor que releguei, não foi relegado por falta de querer, mas uma dura e sofrida decisão e opção pelo humanamente correto naquele momento.Tudo em vão, o amor não era mais amor, era passado, saudade, era espaço vazio num peito oco e sofrido. Sofri, certamente era um peito apertado, oprimido, calejado de dor e embebido de angústia e perda. O amor que não era mais meu e talvez nunca tenha sido, agora era de outro, e este lhe gerou frutos que aquele não soube colher...Áh...como queria eu ter plantado aquela semente, mas mente a vida quando diz que tudo é igual para todos, de fato não o é. Desisti de amar, me envolvi, fui envolvido, enredado, tramado na teia do momento oportuno, quando me apercebi de mim, já éramos nós e mesmo assim me sentia sozinho, e aquela que agora ocupava a minha vida me retribuía com sua ausência como minha constante companhia...Parei, cansei, desisti dessa agonia e certo dia, enquanto perdido no enlevo de mim mesmo, vi o sol passar radiante, me senti quente e como planta nova que cresce ao calor do sol, me vi, me notei vivendo, querendo e desejando, precisando, sonhando um sonho lindo que eu imaginava impossível, mas era para mim. Agarrado, ungido de Luz e paixão, resolvi viver esta emoção, descobrir se era amor, se era só mais uma ilusão ou quem sabe um teste do destino para ver quantas vezes pode alguém se levantar das quedas do amor...Investi, larguei o que me oferecia ausência para uma constante presença e a Luz entrou na minha vida, inundando de paixão e desejo meu corpo cansado, retirando calos de dor, de perda, ensinando amor sem fronteiras, sem barreiras, apenas se dando, doando, tudo que tinha e mais ainda um pouco e eu vivia e desabrochava a cada momento. Nem podia acreditar que era tanto assim e só pra mim, nem sabia mais o que fazer com tudo isso e ia aprendendo a cada dia a ser novamente feliz.Novamente a vida me cobrou escolhas e pesei mal o que a balança me mostrava, optei errado, perdi o amor sincero e fiquei com o etéreo do vazio inócuo e sombrio. Mais uma escolha errada. Imaginei de forma pueril que poderia encerrar este fardo e correr em busca do que havia relegado, e novamente era muito tarde e o passado havia passado e de tal forma ficou distante que não possibilitava futuro...Desesperadamente tentei e foram tantos nãos implacáveis que sofri nesta incansável busca que chorei e o amor que antes era só meu, meu deixou de ser, e vive dos beijos de outro, que não sou eu, que não temia a luz do sol que aquele corpo irradia e se inunda da paixão que eu não soube manter. O culpado não é o destino, não é a vida, mas a arrogância das escolhas que parecem justas, mas que no futuro calam o passado e cobram de quem erra uma dura pena, a solidão e a saudade da paixão.
By Ricardo Blomberg _ Escrito com lágrimas de sangue em 03/06/2010

Um comentário:

  1. muito lindo senti como se estivesse lendo minha propria historia!!!!

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